Era uma vez, uma história… E com esse início, diversas experiências, aventuras, lições e perigos foram vividos pelos personagens da narrativa. Histórias estão presentes em músicas, filmes, séries, novelas, nos livros de literatura a ficção científica, em poemas, em diários íntimos, em álbuns de fotografias, em peças publicitárias, nas redes sociais, naquela cicatriz de infância.
Histórias magnetizam, conectam, encantam. Vivemos no meio social e as experiências, as vivências e as dores do outro nos importam: porque nós também somos o outro. É por isso e não só por isso, que páginas com fofocas de celebridades alcançam tantos cliques: ali estão expostas as brigas de família, as disputas, as declarações de amor, as reações, as emoções de outras pessoas.
Mas se histórias são magnéticas, conectam, encantam, despertam a curiosidade, tornam a mensagem mais clara, mais potente, mais memorável, podemos torná-las estratégia e ferramenta pedagógica, certo? Certo! Mas como? É o que vamos ver a seguir:
Primeiro, você precisa ter em mente que pode criar ou contar situações reais ou fictícias que relacionem o conteúdo à história. A história, nesse caso, serve para dar concretude à temática. Um exemplo disso, poderia ser um problema ou dificuldade enfrentado por uma pessoa, por ela não saber como resolver aquilo da maneira mais lógica: usando o conteúdo que eles aprenderão na sequência. Você pode pensar em situações que envolvam rotinas caseiras, como a produção de um bolo, trocar uma lâmpada, medir um objeto ou situações profissionais, como aquelas vividas por um médico no seu dia-a-dia, por um profissional que trabalha com obras e construção de casas, por um pintor que não tem exatamente a cor de que precisa para sua obra, etc.
Você também pode aproveitar personagens icônicos da sua área do conhecimento para incrementar a sua explicação de um novo tema, exemplo: Cleópatra, Pitágoras, Anne Frank, Platão, Marie Curie, Van Gogh, etc. Histórias que envolvam personagens reais, que são ícones numa área do conhecimento, causam encantamento e aproximação com o conteúdo. Aproveite!
Agora vamos de exercício prático? Veja:
- Exercício 1: anote o seu componente curricular em um papel e puxe flechas que direcionem para temáticas que possam se transformar em histórias ou situações. Comece por temas simples, que você já tem maior facilidade em trabalhar de forma criativa.
- Exercício 2: Pense em situações que envolvam essa temática. Elas podem envolver problemas fictícios vividos por alguma pessoa, por um bairro, um país, um profissional de qualquer área.
- Exercício 3: É possível criar narrativas envolvendo o conteúdo e trazendo como personagens alguns dos estudantes? Se sim, aproveite! Essa é uma ótima oportunidade de gerar engajamento e contemplar suas participações, trazendo seus nomes e contribuições para dentro do conteúdo estudado.
E para finalizarmos, se liga na dica! A revista (maravilhosa, por sinal) Educatrix tem uma edição totalmente focada no storytelling que, inclusive, conta com um texto meu, trazendo diversas estratégias que complementam essas ideias iniciais que vimos por aqui. Separe um tempinho e faça um favor a si mesmo(a), leia todos os artigos, que estão incríveis! Vale a pena conferir, através do link.