Coluna Ativar

Para além das provas: conheça outras formas de avaliação

A avaliação é uma prática que tem origem histórica com surgimento que remonta à Antiguidade, quando os primeiros “sistemas educacionais” se desenvolveram. Na China antiga, por exemplo, os exames imperiais eram realizados para selecionar funcionários públicos com base em seu conhecimento e habilidades. Já na Grécia antiga, Sócrates, um renomado filósofo, enfatizava a importância de questionar e refletir sobre o conhecimento adquirido.

Ao longo dos anos, a avaliação se tornou uma prática indispensável: a avaliação também serve como um guia para os professores, permitindo-lhes adaptar seu ensino às necessidades individuais dos estudantes. Através da avaliação, os educadores podem identificar áreas de dificuldade, oferecer apoio personalizado e monitorar o progresso ao longo do tempo.

Mas avaliação se resume a provas? Não. Existem diferentes formatos de avaliação, que se baseiam em diferentes propostas e objetivos, como: projetos práticos, apresentações orais, discussões em grupo, atividades colaborativas e até mesmo autoavaliação pelos alunos. Essas abordagens permitem uma avaliação mais holística, que valoriza não apenas o conhecimento, mas também as habilidades sociais, emocionais e criativas dos alunos.

A avaliação formativa, inclusive, tem ganhado destaque nos últimos anos. Diferente da avaliação somativa, que ocorre no final de um processo, a avaliação formativa é contínua e busca acompanhar o progresso dos alunos ao longo do tempo. Por meio de feedbacks regulares, revisões e atividades práticas, os professores podem ajustar sua instrução e fornecer suporte direcionado, auxiliando os alunos a melhorar seu aprendizado de forma constante.

Vamos conferir alguns formatos de avaliação e a quais objetivos cada um serve?

Avaliação Diagnóstica: uma espécie de raio-x

Realizada no início do processo de ensino-aprendizagem, tem como objetivo identificar o conhecimento prévio dos alunos, suas habilidades e dificuldades. Por meio de quizzes, questionários ou atividades práticas, podemos mapear o nível de compreensão e competências dos alunos em relação ao conteúdo que será abordado. Com essas informações em mãos, podemos ajustar nossa abordagem em sala e planejar intervenções direcionadas para atender às necessidades dos alunos.

Avaliação Formativa

A avaliação formativa é uma ferramenta para acompanhar o progresso dos alunos ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Ela nos ajuda a identificar constantemente o que os alunos já aprenderam, o que ainda precisam aprender e como podemos apoiá-los em sua jornada educacional. Por meio de dinâmicas, perguntas orais, projetos colaborativos e feedback contínuo, podemos envolver os alunos ativamente em seu próprio aprendizado e auxiliá-los a alcançar os objetivos. A avaliação formativa nos permite ajustar nossa forma de abordar aqueles temas em tempo real e oferecer suporte personalizado para garantir que todos os alunos avancem.

Avaliação Somativa: Encerrando um ciclo

A avaliação somativa, muito conhecida como “prova”, é realizada no final de um período de ensino de um conteúdo, por exemplo. Ela busca fornecer uma visão geral do aprendizado dos alunos e avaliar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências ao término de um determinado período de estudo. Embora seja importante termos em mente que a avaliação somativa é uma parte fundamental do processo educacional, ela não deve ser a única forma de avaliação utilizada. Além de provas escritas, também podemos considerar a apresentação de projetos, exposições orais, portfólios de trabalho e até mesmo a autoavaliação pelos alunos. Dessa forma, podemos garantir uma visão mais completa do desenvolvimento dos alunos e reconhecer suas conquistas de forma mais abrangente.

Desejo que você tenha muitas ideias para avaliar de forma mais global e variada, prof!

Um grande abraço digital,

Prof. Dra. Emilly Fidelix

@seligaprof

Sobre o(a) autor(a)

Artigos

Criadora do @seligaprof, onde impacta milhares de professores de todo o Brasil, palestrante e formadora de professores. É doutora em História Cultural (UFSC), especialista em Tecnologias, Comunicação e Técnicas de Ensino (UTFPR), professora de pós-graduação no Instituto Singularidades. Atua nas áreas de metodologias ativas, storytelling aplicado à educação e BNCC.